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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Territúlia do NET 


Nesta 4a feira, um tema do interesse de todos os Lisboetas.

:: APARECE ::
depois tomamos um copo!

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Let the world change you... and you can change the world 

la poderosaMas primeiro é preciso que o mundo nos mude.







Este dias fizeram-me pensar. Obrigada MCE.






Yo, no soy yo. Por lo menos no soy el mismo yo interior.
Me, I'm not the same me. At least not the same spiritual me.


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Se não fosse o EDSES... 


www.sitiodomata.org

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

EDSES 

Encontro do Ensino Superior do MCE Lisboa


É já neste fim de semana!
Inscrições em mce.lisboa@gmail.com

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Este não é um dia para mim...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Bella Ciao 

É liberdade pr'aqui, É liberdade pr'ali
Toda a gente diz, Toda a gente quer
Mas querendo ou não, Ninguém lhe dá a mão
E todos querem a prisão de uma mulher
É tudo fruto da nossa natureza
E quem não é a sua negação
O diabo chegou e humildemente a Deus falou
Não somos Eva nem Adão

O amor é isto
O amor é isto e nada mais

Ornatos Violeta

E agora?

59.25% é mais que expressivo. Ganhámos nós, ganhou Portugal.
Já há nostalgia no ar, cresce a saudade. Para mim foi uma experiência incrível: adorei conhecer aquelas pessoas, aprender o que é uma campanha, e perceber que realmente é possível chegar onde se quer. Foi um óptimo trabalho de equipa, todos foram essenciais e todos colaboraram como puderam. Imagino que não seria possível se não fosse o empenho e a força de vontade deste grupo, e o consolo e entreajuda nas horas mais difíceis. Foi um choque o dia em que cheguei ao e-mail e em vez das já habituais dez ou vinte mensagens, não havia e-mails para ler.

Mas o Movimento não fica por aqui. É tempo de arregaçar as mangas e meter mãos à obra. Muito há ainda para ser feito! Tornar a educação sexual uma realidade das escolas, o planeamento familiar, o fácil acesso à contracepção, o combate ao aborto clandestino e a redução do número de abortos são matérias pelas quais TODOS deveremos lutar.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Dia de Reflexão 

Respeito-o.

E como hoje não há mais nada para fazer do que flectir e reflectir, aproveitei o dia para fazer uma coisa que já me perseguia há muito...


Ah! E aproveito para referir que este blog comemora hoje 3 anos de existência :)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Carminho & Sandra 

Carminho senta-se nos bancos almofadados do BMW da mãe. Chove lá fora.
Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam
pela face. A mãe conduz o carro e aperta-lhe ternamente a mão. Há muito
trânsito na Lapa ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas
aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho de
Espanha.

Sandra senta-se no banco côr-de-laranja do autocarro 22 que sai de
Alcântara. Chove lá fora. Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas
enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe está sentada ao lado dela.
Encosta o guarda-chuva aos pés gelados e aperta-lhe ternamente a mão. Há
muito trânsito em Alcântara ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e
vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A
caminho de casa de Uma Senhora.

O BMW e o autocarro 22 cruzam-se a subir a Avenida Infante Santo.

Carminho despe-se a tremer sem nunca conseguir estancar o choro. Veste uma
bata verde. Deita-se numa marquesa. É atendida por uma médica que lhe entoa
palavras doces ao ouvido, enquanto lhe afaga o cabelo. Carminho sente-se a
adormecer depois de respirar mais fundo o cheiro que a máscara exala. Chora
enquanto dorme.

Sandra não se despe e treme muito sem conseguir estancar o choro. Nervosa,
brinca com as tranças que a mãe lhe fez de manhã na tentativa de lhe
recuperar a infância. A Senhora chega. A mãe entrega um envelope à Senhora.
A Senhora abre-o e resmunga qualquer coisa. É altura de beber um liquido
verde de sabor muito ácido. O copo está sujo, pensa Sandra. Sente-se doente
e sabe que vai adormecer. Chora enquanto dorme.

Carminho acorda do seu sono induzido. Tem a mãe e a médica ao seu lado. Não
sente dores no corpo mas as lágrimas não param de lhe correr cara abaixo.
Sai da clínica de rosto destapado. Sabe-lhe bem o ar fresco da manhã. É
tempo de regressar a casa. Quando a placa da União Europeia surge na
estrada a dizer PORTUGAL, Carminho chora convulsivamente.

Sandra não acorda. E não acorda . E não acorda. A mãe geme baixinho
desesperada ao seu lado. Pede à Senhora para chamar uma ambulância. A
Senhora não deixa, ponha-se daqui para fora com a miúda, há uma cabine lá
em baixo, livre-se de dizer a alguém que eu existo.
A mãe arrasta a Sandra inanimada escada a baixo. Um vizinho, cansado, chama
o 112 e a polícia.
Sandra acorda no quarto 122 dias depois. As lágrimas cara abaixo. Não
poderás ter mais filhos, Sandra, disse-lhe uma médica, emocionada.
Sai do hospital de cara tapada, coberta por um lenço. Não sente o ar fresco
da manhã. No bolso junto ao útero magoado, a intimação para se apresentar a
um tribunal do seu país: Portugal.


Eu voto sim . Pela Sandra e pela Carminho. Pelas suas mães e avós. Por mim.
Rita Ferro Rodrigues

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Bartoon in Público 


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Tempo de Antena 



Aqui fica o melhor spot que está para aí.

mais

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

A pergunta é muito simples, meu amigo. Concorda? 

Dizer que é "despenalização da IVG" significa que não é despenalização de qualquer outra coisa, dizer que é "por opção da mulher" significa que não é por opção de qualquer outra pessoa, dizer que é "até às dez semanas" significa que não é sem qualquer limite, dizer que é "em estabelecimento de saúde" significa que não é no meio da rua, e dizer que a pergunta se refere a um estabelecimento de saúde "legalmente autorizado" significa que não pode ser no dentista, ou na farmácia, ou no ginásio. Tudo o resto é apenas uma desculpa para não se assumir as responsabilidades do voto. Pessoalmente, não vejo nesta pergunta nada que não me agrade, e vejo muita coisa que me agrada.
É uma pergunta de compromisso, cautelosa, que prevê os limites mais importantes, deixando a definição das políticas (de saúde, de planeamento familiar, judicial, etc.) para os actores e momentos certos. Pode responder-se sim ou não, e eu responderei "sim". Sou pela despenalização, naquelas condições, como outros são pela penalização mesmo naquelas condições. O que não se pode é invalidar a pergunta, degradando a sua lógica. Trata-se de uma pergunta directa. Como tal, pede apenas uma resposta honesta.

Rui Tavares no "Público"

in enchamos tudo de futuros

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